A banda estadunidense Clutch e o grupo alemão brasileiro Fuzz Sagrado se apresentaram ontem a noite, dia 18 de julho, na Fabrique Club em São Paulo e ofereceram aos presentes o melhor do rock alternativo e suas vertentes.
A banda Fuzz Sagrado subiu ao palco as 20:00 para fazer seu primeiro show e já recebeu a missão de aquecer o já considerável público presente. Tarefa cumprida com sucesso. O vocalista Chris Evans conseguiu interpretar as músicas de A New Dimension com uma liberdade maior agora que possui colegas de banda para tocar os instrumentos que ele usou quando gravou sozinho esse trabalho. A bagagem de cada um dos músicos tornou a apresentação mais criativa, original e algumas canções foram executadas de maneira um pouco diferente do que se ouve no álbum. Tal fato foi muito positivo para um registro em estúdio com proposta de rock psicodélico. Conforme anunciado, o trio interpretou a música Center Of The Sun, quarta faixa do álbum de estúdio Long Distance Trip da banda Samsara Blues Experiment da qual Chris Evans fez parte entre 2007 até seu hiatu indefinitivo. Apesar de toda a criatividade no tocante a proposta musical e qualidade da performance que durou mais de quarenta minutos a reação do público foi comedida e se restringiu aos aplausos no fim de cada canção.
A banda estadunidense Clutch retornou ao Brasil e subiu ao palco as 21:30 e recebeu como boas vindas os assovios e gritos dos presentes que já encheram a pista. Após mais de dez anos, o Clutch finalmente retornou ao Brasil e dessa vez com o baixista Dan Maines, o baterista JP Gaster, o vocalista Neil Fallon e Tim Sult com a guitarra. A banda deu maior ênfase a sua fase mais recente e rock do que a fase mais blues e antiga de sua carreira. O show foi ótimo por causa da performance do vocalista Neil Fallon que é um grande showman e que entrega toda a energia disponível durante as músicas. O quarteto começou com a performance com The Mob Goes Wild e a resposta do público foi imediata. Os riffs poderosos de Earth Rocker preservaram a euforia da coletividade. A intensidade de Fallon durante A Shogun Named Marcus e Sucker For The Witch comprovaram a habilidade do grupo em aglutinar canções mais antigas e as mais recentes. Os gritos do público deixavam o vocalista ainda mais animado para demonstrar sua multifacetada performance como o que ocorreu em Cypress Grove, ocasião em que ele tocou o sino da vaca e em D.C. Sound Attack com a harmônica. A trajetória da banda é tão rica, os músicos tão autênticos que o quarteto transformou o ambiente para uma aura mais carregada e cogitativa ao interpretar Binge And Purge e Slaughter Beach antes de encerrar a primeira parte do show. Após um breve intervalo, o Clutch retornou para causar um momento triunfante em seus fãs com o clássico Electric Worry que foi cantado por toda a audiência. Para fechar com chave de ouro, uma interpretação extremamente criativa da música Fortunate Son, original da banda Creedence Clearwater Revival, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. O show durou aproximadamente uma hora e trinta minutos e foi ótimo devido a acústica da Fabrique Clube e o elogiável trabalho do técnico de som. No público presente algumas celebridades como Derick Green e Paulo Xisto, respectivamente vocalista e baixista do Sepultura, Max Koslene da banda Krisiun mostra a qualidade e o reconhecimento que o Clutch tem em terras brasileiras.
- 01 The Mob Goes Wild
- 02 Earth Rocker
- 03 A Shogun Named Marcus
- 04 Sucker For The With
- 05 Cypress Grove
- 06 Subtle Hustle
- 07 D.C. Sound Attack!
- 08 Escape From The Prison Planet
- 09 Spacegrass
- 10 Binge And Purge
- 11 A Quick Death In Texas
- 12 X-Ray Visions
- 13 Firebirds!
- 14 Slaughter Beach
- 15 We Strive For Excellence
- 16 The Regulator
- 17 Electric Worry
- 18 Fortunate Son (Creendece Clearwater Revival)